domingo, 29 de novembro de 2009

O que ficou por dizer...



Mentiria se dissesse que és um assunto arrumado e resolvido na minha vida. Não és, mas pouco me importa se percebes isso ou não.
Há muita coisa que ficou por dizer, como sempre... Não me corre nas veias o ódio puro, tão habitual quando um amor acaba e nos deixa feridos. Tenho sim, um bocadinho de raiva! De ti. E de mim.
E é por isso que decidi escrever (te). O tanto que ficou por dizer e toda a raiva que invade a minha paz, irão ficar aqui. Aqui começou e aqui vai acabar.
Acho que facilmente se percebe a minha frustração em torno de ti. Fiz de ti o meu príncipe encantado e acreditei nisso de corpo e alma. Acreditei no que me prometeste, tão subtilmente. Acreditei em ti e em nós... E hoje só tenho a lamentar o quão ingénua fui. Mas quem me manda a mim acreditar em histórias de encantar?
Tu erraste em quase tudo. Eu errei quando apostei tudo em ti, acreditando que tudo o resto eram cenas secundárias desta história. Percebes a diferença?
Ás vezes ainda dói. Foi demasiado tempo envolvida num labirinto sem fim. Foi desgastante para mim. Para ti não, tu sempre foste demasiado forte. Sempre soubeste lidar bem com tudo isto. Aliás, ainda hoje o fazes.
É como se não tivesse acontecido nada. Eu desapareci da tua vida e tu da minha. Como se isto fosse uma novela e o fim das personagens fosse esse. Sem explicações. Sem despedidas.
Perdi demasiado tempo contigo! É a primeira lição que tiro disto. O fim estava à vista há tanto tempo, mas eu corri atrás. Adiava a dor e embalava-a com esperanças imaginárias.
A primeira vez errei por causa do medo. A segunda errei porque acreditei no amor. Naquele amor que não existe, mas que eu ainda procuro e desejo.
E foi esse mesmo amor que eu senti, sozinha, que não me vai deixar perdoar (te), tudo aquilo em que me fizeste acreditar e tudo aquilo que me prometeste, quando sabias tão bem que não irias nunca cumprir.
Não consigo ter um pensamento lógico em relação a tudo isto. Simplesmente porque muita coisa ficou perdida no silêncio que não mata, mas mói, cansa e destrói...
Hoje, e apesar de ainda não ter conseguido esquecer toda a desilusão em que te tornaste, esqueci-te. Esqueci a pessoa que amei durante anos. Esqueci o homem maravilhoso que conheci no inicio e que desapareceu com o tempo. Esqueci o nós que tanta vez ouvi na tua voz, mas que nunca senti no teu coraçao...
E assim se acaba uma história de (des)encantar!

4 comentários:

100 remos disse...

Been there! Força!

Rita da Maçaroca disse...

Mas que história... :S
Daquelas do arco-da-velha. :(

Força querida Claudia! **

bEIJINHOS

Serenata disse...

Bom dia,
Como eu te entendo, a minha história não foi bem assim, mas tem em comum o silêncio que dói, o muito que ficou por dizer, o está tudo bem da outra parte, como se nada se passasse e apesar de ainda não se poder dizer que está arrumado e resolvido, acredito que um dia o iremos dizer!
Merecemos o amor de verdade, o acreditar sem desiludirmo-nos!
Muito força e coragem para esses momentos que são tão duros!
Bjito e boa semana :)

Pedro Bom disse...

Também nós homens por vezes sofremos do mesmo, por isso sei bem o que sentes pois passei pelo mesmo há algum tempo!!