Nem todos os amores são contos de fadas... E não me refiro aos que tem tudo para dar certo e nada a impedir, e que por razões que por vezes nem as pessoas percebem, simplesmente não dá!
Falo dos amores, que podiam sim ser um conto de fadas, se não tivéssemos chegado tarde demais... Daqueles em que damos tudo de nós. Daqueles que têm momentos mais que perfeitos, mas com o tempo contado. Daqueles que nos fazem lutar lutar e lutar e ver cada vez mais longe o que tanto desejamos.
Por muito pequeno que seja, há um espaço para nós na vida dessa pessoa. É certo que a palavra pequeno é muito traiçoeira, pois por muito pequeno que seja esse lugar há alturas em que conseguimos ter um certo protagonismo.
É aqui que assumimos de alma e coração o que sentimos e fazemos disso o ar que respiramos. Conquistamos coisas tão mas tão simples que para quem pouco tem, é tanto... A infinidade de sorrisos que roubamos na mais pura das inocências. Os olhares cúmplices, os momentos, as brincadeiras, as conversas sem fim, os sentimentos sentidos ao máximo, e tudo o que sentimos no silêncio e na nossa solidão...
Até que o nosso tempo acaba. E tudo o que estava na nossa mão, em segundos voa para outra mão. Onde tudo é mais certo. Onde já não há medos. Onde já não há riscos a (ter que) correr...
E aqui temos que ficar quietos no nosso cantinho, com a mão bem fechada para não perder nada do que vivemos.
Pode ser errado... Pode ser desgastante... Pode ser bom e mau ao mesmo tempo...
Mas não há ninguém como tu...
(escrito já há algum tempo.. mas continua a fazer sentido)
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